terça-feira, 20 de março de 2012

Primavera Árabe - Síria

A atual Siria fazia parte da Mesopotâmia, importante civilização que se desenvolveu no Oriente Médio, nos vales entre os rios Tigre e Eufrates por volta de 8000 a.C.

A partir de 1700 a.C, passou a fazer parte do Império Babilônico. Sempre sofrendo invasoes e por vezes sucumbindo ao poder de outros povos. O apogeu do Imperio Babilonico aconteceu no seculo VI a.C e, em 539 foi dominada pelos persas, que expandiram seu imperio unificando grande parte do Oriente Médio, indo em direção à Grecia, com quem gerreou durante anos, mas não obteve vitória.
 Entretanto, ambos foram conquistados por Alexandre, o Grande, e estiveram entre 300 e 100 a.C sob domínio dos macedônios.  A partir de 100 a.C, foram incorporados ao Império Romano.

Com o colapso do Imperio Romano, foi  dominada pelos turco-otomanos no seculo XV, formando o Imperio Otomano. Após a Primeira Guerra Mundial, em 1918, passou a ser uma possessão francesa, através dos tratados assinados na Liga das Nações.

Em 1946 a Siria consegue sua independência, implantando uma republica parlamentarista.Em 1964, o Partido Baath, de orientação socialista e nacionalista, assume o poder, monopolizando-o desde então.

O conjunto de comunidades étnicas e religiosas que constituem o país, tanto muçulmanas como cristãs, assim como o ressurgimento do integralismo islâmico, criaram situações difíceis ao presidente Hafez al-Assad, de orientação laica e socialista, no poder desde 1971. Foi reeleito em 1980 como secretário-geral do Baath, o que reforçou seu poder.

No mesmo ano, um tratado de cooperação com a União Soviética deu a al-Asad o papel de representante dos interesses soviéticos na região e lhe permitiu contar com sofisticado armamento de origem soviética. Simultaneamente à crescente deterioração das relações com Israel, a Síria passou a controlar militarmente o norte do Líbano, onde sustentou encontros com as forças de Israel e se opôs a presença de forças americanas. A Síria se caracterizou, durante a permanência de suas tropas no Líbano, pela sua oposição a todos os planos de paz dos Estados Unidos para o Oriente Médio.

A Síria é uma república parlamentar onde impera a ditadura militar, ou seja, o chefe do estado é também o  General do Estado Maior e Chefe Supremo das Forças Armadas. Os cidadãos votam desde 1970 por um presidente e deputados duma lista única organizada pelo partido Ba'ath, unico partido no poder. O president Hafez al-Assad foi "eleito" desta forma para cinco mandatos consecutivos e, com a sua morte, o seu filho Bashar al-Assad foi escolhido para o suceder e confirmado por um "referendo" em Julho de 2000.

"O começo de seu mandado foi marcado por uma esperança de mudanças democráticas, que foi frustrada com a continuidade da política de seu antecessor. Ante à ameaça da ideia de guerra preventiva levada a cabo pela administração norte-americana, a instabilidade do Líbano, na qual a Síria mantinha uma forte presença militar e as constantes tensões com seu vizinho Israel, Bashar al-Assad procurou manter um discurso reformista que poderia satisfazer os anseios da União Europeia e dos Estados Unidos, mas que na prática não produziu nenhuma concessão ao movimento de oposição do país. A forte pressão internacional sobre Bashar al-Assad após a morte do ex-primeiro-ministro libanês Rafik Hariri, cuja autoria foi atribuída aos serviços de inteligência sírios, fez com que as tropas mantidas no Líbano fossem retiradas.

Bashar al-Assad foi reeleito em um referendum convocado no dia 27 de maio de 2007 onde conseguiu 97% de aprovação, mas ele concorreu sozinho. No dia 25 de junho de 2010, iniciou uma série de viagens pela América Latina, visitando Cuba, Venezuela, Brasil e Argentina.

Em 2011, frente a vários protestos no mundo árabe por reformas democráticas, o governo de al-Assad prometeu abrir mais a política do país para o povo. Porém frente a lentidão dessas mudanças, ou o não cumprimento da promessa, opositores ao seu regime começaram uma série de protestos pedindo a derrubada do Presidente, que respondeu aos manifestantes com o envio de tropas do Exército à areas de protesto. A violência da repressão do governo fez com que vários países pelo mundo, como os Estados Unidos, Canadá e União Européia adotassem sanções contra a Síria."