domingo, 15 de abril de 2012

Bônus! - Socialismo

SOCIALISMO
  • Antecedentes:
Industrialização – 2ª metade sec. XVIII
—Acumulação de capitais
Fim das relações feudais de produção corporativa. O trabalhador não possui os instrumentos de trabalho, vende sua força.

“A expansão industrial estimulou o imperialismo do sec.. XIX, verdadeira corrida colonial por novos mercados que culminaria na 1ª Guerra mundial”

1ª Rev. Industrial

Maquina de fiar
Tear hidráulico
Maquina a vapor

2ª Rev. Industrial

Transformação ferro em aço
Eletricidade
Motor a combustão interna (petróleo)


Estabelecimentos de linhas de montagem
Exploração do trabalho feminino e infantil
Baixos salários
Jornadas de trabalho abusivas
Condições de trabalho insalubres
Fome
Emprego de maquinas (diminui oferta de trabalho)

  • Contestação
Teorias e organizações sindicais (Trade Uniões)
Pensar a nova condição socioeconômica:
Liberalismo – regular e justificar a ordem capitalista burguesa;
Socialismo – condenar ou reformar a ordem.
—Mov. Ludista – quebra de maquinas
Mov. Cartista (1837-48) – melhores condições de trabalho e direitos políticos.

  • LIBERALISMO
—propriedade privada
Liberdade de comercio, produção e contrato de trabalho livre da regulação do Estado.
Lei natural da oferta e da procura.
Bem estar coletivo surgiria naturalmente.

  • SOCIALISMO
Utópicos
Científicos
Anarquistas


Utópicos
“Sociedade dos Sábios”
Falastérios – fazendas coletivas agroindustriais
Comunidades de alto padrão – trabalho e educação.

Científicos
Karl Marx: Manifesto Comunista (1848)
Materialismo histórico : toda sociedade é determinada pelas condições socioeconômicas (infra-estrutura).
As instituições, política, ideologias e cultura (superestrutura) estão à elas ajustadas.
Luta de classe : motor da transformação da sociedade
Mais-valia: riqueza produzida além do valor pago ao operário que é apropriada pelo patrão.
Ação política do proletariado – construção de uma nova sociedade.
Ditadura do proletariado ® socialização dos meios de produção eliminando a propriedade privada ® comunismo : fim das desigualdades econômicas e sociais, e do próprio Estado.

Anarquistas
Destruição do Estado
Formação de uma sociedade mais livre e igualitária.
Anarquismo terrorista : violência como única forma de alcançar uma sociedade sem Estado e desigualdades

  • Lutas trabalhistas e as Internacionais Operarias

1864- Primeira Internacional Operaria
Divergência entre Marx e Bakunin
1872 – expulsão dos anarquistas
1876 – fim da associação devido divisão entre os trabalhadores.
1889 – Segunda Internacional Operaria
Socialismo alcançado lentamente, através do voto.

  • Divisões internas no inicio do sec. XX
1ª Guerra acentua divergências.
1919- Revolução Russa
Terceira Internacional Operaria – Internacional Comunista (Comintern) – embrião dos partidos comunistas. Sob direção de Lenin
Os moderados formaram em 1923 a Internacional Socialista, dando inicio à separação entre comunistas e socialistas.

  • 1ª Guerra e Revolução Russa
Rússia aliada da França e Inglaterra, sai da Guerra em 1918 .
1917 – Revolução Russa
Estados desintegrados do antigo Império Austro-húngaro e Turco Otomano, passam a ser dominados pela Rússia.

  • Contradições internas : estrutura social feudal num mundo industrializado.
—Regime despótico X regimes constitucionais da Europa
Estrutura social agrária oligárquica X investimentos estrangeiros da industrialização

Mencheviques – desenvolvimento do capitalismo para depois implantar o socialismo
Bolcheviques – revolução socialista – Lenin
Separação definitiva em 1914.

  • Rev. Bolchevique - 1917
Paz, Terra e Pão
Lenin 1917-1924
Nacionalização
Redistribuição de terras
Guerra Civil : Russos Brancos X Vermelhos
Comunismo de guerra: centralização da produção e eliminação do mercado.
Crise de abastecimento e revoltas camponesas
Nova Política Econômica : pequena manufatura privada, pequeno comercio e venda livre de produtos.
Centralismo político

  • 1923 – Criação da URSS
 STALIN – 1924-1953
Planos Quinquenais – socialização total
Investimentos da industria e instalação de fazendas estatais e cooperativas.
Eliminação violenta de opositores

1929 – Quebra da Bolsa de NY

2ª Guerra – Itália, Alemanha e Japão – Pacto anti-Comitern

Fim da 2ª Guerra e Inicio da Guerra Fria
EUA e URSS repartem o mundo:
               Conferencia de Yalta – 1945:
               Churchil, Roosevelt e Stalin
Criação da ONU
Distribuição de territórios
  • GUERRA FRIA
Plano Marshall (EUA) – ajuda financeira a países europeus
Kominform – união de partidos comunistas.
Plano Comecon
Disputa por influencia
Construção do Muro de Berlim 1961
Criação da OTAN - 1949
Pacto de Varsóvia

Guerras:
Guerra da Coreia – 1950-53
Revolução Chinesa - 1949
Revolução Cubana - 1959

  • Governo Kruschev –1955-64 Inicio da desestalinizaçao. 
Flexibilização política Dissidências internas : países retomam antigos liberes antes de Stalin
Países em busca de autonomia

Anos 50 e 60 – Descolonização da África
Anos 70 – Detente – acordos bilaterais para diminuir risco de guerra.
Tratados SALT – controlar armas.

  • Governo Brejnev – 1964-82 – reforçou o centralismo político mergulhando em nova crise. 
Repressão em Países integrantes
Queda da economia

  • Governo Gorbatchev – 1985-1991 
Plano de transformação:
Perestroica ( reestruturação) e Glasnost (transparência)
Democratização
Dinamização da produção
Desocupação da África e Ásia
Fim do Pacto de Varsóvia
Resistência da burocracia
Independência dos países integrantes: processos eleitorais e guerras civis.
Ruína do Socialismo:
Desestruturação socioeconômica,
Desemprego, inflação, aumento das desigualdades.

1991 – Reconhecimentos de Estados independentes e fim da URSS
Formação da CEI.

Crise do Capitalismo - Aula 02

  • 1929 
Após a Primeira Guerra. Os Estados Unidos ocuparam o posto de pais mais rico do mundo, pois, passou a ser um grande credor das nações em reconstrução. Alem disso, o país passou a recebem muitos imigrantes e tinha uma grande capacidade de produção. Entretanto, a estabilidade salarial, incompatível com o crescimento da produtividade, acentuou a desigualdade da renda, e impossibilitou o consumo. Ou seja, o pais passou a ter mais mercadorias, do que consumidores. Juntando-se a isso, os Estados Unidos atraiam grande volume de investidores, que compravam as ações das empresas da bolsa de valores. Em 29, uma grande venda de ações não encontrou comprador, e assim, ocorreu uma brusca desvalorização dessas ações, cujos investidores desesperados, venderam a preços muito baixos. As conseqüências dessa quebra foram a redução das importações (atingindo o Brasil, que vendia café para os EUA) e o repatriamento de capitais norte-americanos investidos em outros países. Por isso a crise afetou todo o mundo capitalista. 

Para recuperar-se, implementam o New Deal, um conjunto de ações para tirar o pais do sufoco. O New Deal previa limitar o liberalismo, e criar obras de infra-estruturar, e assim, aumentar a geração de empregos. Tal política teve predomínio até o final da década de 1970, quando o ressurge o liberalismo, dessa vez chamado de neoliberalismo. 

No Brasil, a pratica intervencionista sempre foi tradição. Para conter os efeitos da crise de 29, como a interrupção da exportação de café e, por conseguinte, a estocagem de café produzido e não comercializado, o governo de Getulio Vargas determina a queima dos cafezais de SP. Essa medida permitiu que o preço do café despencasse no mercado internacional. Outra medida importante de Vargas foi a criação das estatais Petrobras e da Companhia Vale do Rio Doce. 


  • Nova crise capitalista: Aumento do preço do petróleo 
"No fim dos anos 50 do século XX a produção mundial de petróleo excedia consideravelmente a procura. O preço do produto desceu e, com isso, diminuiu também a quantidade de dinheiro pago pelas grandes companhias petrolíferas às nações produtoras. Como reação a esta enorme quebra das receitas, funda-se a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) em 1960, reunindo doze países: Argélia, Gabão, Indonésia, Irão, Iraque, Koweit, Líbia, Nigéria, Qatar,Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Venezuela (o Equador fez parte desta organização entre 1973 e 1992), com sede em Viena de Áustria. Para além disso, alguns países nacionalizaram a produção petrolífera e os equipamentos das companhias, conseguindo assim lucros consideráveis. 

No início dos anos 70, a procura internacional de petróleo começou a exceder a produção. Entre 1973 e 1974, a OPEP quadruplicou os preços do crude para cerca de 12 dólares o barril. Em 1979 e 1980, os membros da Organização votam uma nova alta de preços e o barril passa a valer 30 dólares. Esta política dos países produtores viria a criar enormes problemas de inflação nas nações industrializadas. Governos e bancos aumentaram as taxas de juro, agravando o problema de pagamento de dívidas, que ainda hoje atormentam grande parte dos países em vias de desenvolvimento.Subseqüentemente, os efeitos combinados da contenção e redução do consumo de petróleo pelas nações compradoras enfraqueceu a procura. A pressão no sentido da descida dos preços intensificou-se após a descoberta de novos poços de petróleo e devido à incapacidade de diversos países membros da OPEP em agüentar as quotas de produção estabelecidas pela Organização para manter os preços. No início de 1986 os preços baixaram para menos de 10 dólares o barril. Apesar de alguma recuperação posterior, raramente excederam os 20 dólares, exceto durante a Guerra do Golfo, quando subiram temporariamente para 25 dólares o barril.” 
(fonte


  • Globalização

O fim da URSS instaurou um cenário baseado em novas relações economias e geopolíticas. O desenvolvimento tecnológico dinamizou mais ainda a produção, e abriu um campo de pesquisa e produção de novas tecnologias que requeriam grande volume de investimento, atraindo grandes conglomerados empresariais, gerando fusões e etc. Isso por permitido pelos lucros obtidos em mercados desprovidos de barreiras comerciais, globalizando a economia. A globalização impulsionou a formação de blocos econômicos, que visam derrubar as barreiras protecionistas, como o Nafta, a União Européia e o Mercosul. Grande parte deles se formaram na década de 1990, na qual acentuou-se a defesa da política neoliberal. 


  • Neoliberalismo

O neoliberalismo defende a existência de um "Estado Mínimo", ou seja, o Estado deve se ocupar apenas das funções básicas: garantir saúde, educação e segurança. Assim, muitos Estados passaram a vendes as suas estatais, processo conhecido como privatização. Isso ampliou a atuação das empresas nacionais e transnacionais, que subordinaram produtos e serviços, considerados estratégicos para o desenvolvimento e soberania nacionais, à loga do mercado internacional. 

A redução do estado de bem-estar social atingiu os passes em desenvolvimento, agravando as desigualdades internas, e entre norte e sul. 

Os maiores expoentes dessa política foram Margareth Thatcher (Inglaterra) e Ronald Reagan (EUA). No Brasil essa política foi implementada pelos governos de Fernando Collor (90-92) e Fernando Collor de Melo (94 a 2002), época na qual foi privatizada a Companhia Siderúrgica Nacional e abertura do mercado para exportação; e privatização da Vale do Rio Doce e setores da telecomunicações. 


  • O que ocorre no mundo hoje? 

Os países desenvolvidos passam por uma crise de superprodução. A capacidade de produção aumentou, mas não aumentou o numero de consumidores, pois, a riqueza não foi distribuída adequadamente. Para tentar controlar, os países determinam taxas de juros. No Brasil a taxa de juros é, atualmente, 7%. Nos EUA, a tava é 0,25%. Essa diferença é resultado das necessidades de cada pais. No Brasil, a taxa alta tenta controlar a inflação (que é o aumento descontrolado dos preços devido à grande procura e pouca oferta). Nos EUA, é o contrario, a taxa baixa tenta estimular o consumidor a gastar o dinheiro ao invés de polpa-lo, e assim, evitar a deflação, a queda do preço. 

Em contrapartida, a taxa alta de juros atrás investidores. Esses investimentos podem ser de dois tipos: produtivo e especulativo. O produtivo entra no pais e gera empregos e riqueza, que ficam retidos aqui. O especulativo entra na forma de empréstimos para bancos ou empresas, que ao saírem levam junto o juros (que no Brasil são altos, ou seja, o investidor lucra). 

Outro lado negativo da atração excessiva de investimentos é que a entrada de dólares supervaloriza o real, ou seja, o real fica mais "caro", o que atrapalha as exportações brasileiras. Alem de não vender a produção interna, o produto passa a concorrer com o estrangeiro, mais barato aqui. 

O que os EUA e a UE tentam fazem agora, para saírem da crise, é aumentar suas exportações. Pra isso, pedem aos países que abaixem as taxas de importação.

Crise do Capitalismo - Aula 01


Para entendermos a atual crise econômica mundial é preciso antes, resgatar alguns conceitos, que aparecem com freqüência em jornais e revistas. Entender esses conceitos é fundamental para saber interpretar as noticia e perceber quais são os problemas e desafios que o mundo apresenta neste momento. 
O que é o Capitalismo? 

O fim da Idade Média foi marcado pelo surgimento dos Estados Modernos, ou seja, estados centralizados, sob o poder das monarquias absolutistas. Esses Estados passaram a controlar as atividades comerciais - lembrando que as cruzadas permitiram o ressurgimento do comércio na Europa, abrindo novas rotas e ampliando a variedade de mercadorias. Além disso, esses Estados passaram a garantir os interesses da classe comerciante, envolvida nas grandes navegações. O conjunto de praticas econômicas que visavam promover o fortalecimento financeiro do Estado é chamado Mercantilismo. Esse modelo consistia na acumulação de metais preciosos através da exploração direta ou do comércio favorável, ou seja, buscava-se exportar mais do que importar. Para que isso fosse possível, o Estado procurava estimular a sua produção interna e barrar os produtos estrangeiros através da imposição de tarifas. 

Até o século XVIII Portugal e Espanha dominavam o comercio pelos mares e se enriqueciam com a exploração de metais. Entretanto, muitos dessas riquezas acabaram indo parar na Inglaterra (devido aos acordos entre esses países, que favoreciam esta ultima). A Inglaterra, então rica e sem colônias, passa a investir na indústria, dando inicio à Revolução Industrial. 

Embora os Estados praticassem políticas protecionistas e intervencionistas, a iniciativa comercial era privada. Dessa forma, observamos a separação entre trabalhador e meio de produção. Ou seja, o trabalhar passa a vender a sua força de trabalho e a ganhar por isso um salário, enquanto o patrão detém os instrumentos de produção e obtém o lucro. 

Em 1776, Adam Smith, economista e filosofo britânico, escreve "A Riqueza das Nações", obra na qual teoriza sobre a forma como as nações se tornam ricas, chamando esse sistema de "Liberalismo". Segundo Smith, o Liberalismo era caracterizado pela propriedade privada, pelo individualismo econômico, pela liberdade de comércio, de produção e de contrato de trabalho, sem o controle do Estado. A este competia zelar pela propriedade e pela ordem. O mercado seria auto-regulavel, não necessitando de intervenção. O termo "capitalista" foi dado por Karl Marx, e outros teóricos de outra vertente econômica, o Socialismo. 

As idéias socialistas surgiram como uma resposta, ou uma busca por outra alternativa para fugir da exploração sofrida pela classe operária. Em 1789, Clause Saint-Simon, já havia falado sobre uma sociedade onde não houvesse exploração de um grupo sobre outro, nem ociosos (magistrados, nobreza, clero, etc...). Mas o maior teórico foi Karl Marx, através das obras "Manifesto Comunista”, de 1848, e depois, a síntese completa em "O Capital" (1867). Nele, Marx estabelece os conceitos de mais-valia, luta de classes, revolução socialista, e faz uma interpretação da historia levando em conta aspectos socioeconômicos. (Pois até então, a Historia era analisadas levando em conta os aspectos políticos). 

 Para Marx, toda sociedade é determinada por sua infra-estrutura (economia e sociedade), e pela superestrutura (as instituições, a política, a cultura, as ideologias, etc...). Uma estrutura por vezes se sobrepõe à outra, forçando uma modificação na sociedade. O que torna essa mudança necessária e possível é a luta de classes, o agente transformador da sociedade. Contra a ordem capitalista e a sociedade burguesa, o operariado deveria fazer a revolução socialista, implantar a ditadura do proletariado, acabar com a propriedade privada e depois, com o próprio Estado. Ou seja, o Estado deve ser o detentor dos meios de produção e organizar a economia. 

Essas idéias tiveram bastante eco no mundo, em 1918, com a Revolução Russa, foi adotada na URSS. Posteriormente, Cuba (1959), Coréia do Norte (1948) e China (1949) também adotaram o socialismo como modelo econômico. 

Entretanto, nenhum desses países conseguiu concluir o processo de socialização da sociedade e extinção do Estado. Em 1991, com a queda da URSS, o socialismo foi, pelo menos em grande medida, uma ideologia "vencida". Restando ao mundo, a opção capitalista. 

No começo do século XX, todos os países desenvolvidos praticavam o liberalismo. Produziam e exportavam em grade escala, e isso contribuiu para o agravamento da desigualdade social no mundo. Entretanto em 1929, o capitalismo sofre sua primeira crise, com a quebra da Bolsa de Valores de Nova York.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Relaçao Brasil - Estados Unidos 2012


No mês de março o presidente americano Barack Obama fez sua primeira visita ao Brasil, dois anos depois de ser eleito. Essa visita tinha objetivos mais diplomáticos do que econômicos. A intenção era reaproximar os EUA dos países da América Latina. Na década de 60, o comunismo avançava sobre a America Latina e os EUA apoiaram muitos regimes militares que aqui surgiram para tentar impedir essa aproximação com a União Soviética. No contexto da Guerra Fria, era importante criar parcerias políticas e econômicas fortes. Mas na ultima década, os americanos voltaram sua atenção ao mundo árabe e ao combate ao terrorismo.

Enquanto isso, os estados latinos procuraram fortalecer suas democracias restabelecidas e desenvolverem-se economicamente. Alguns países como o Brasil e a Argentina procuraram se inserir no mercado mundial e fortalecerem-se diplomaticamente. Já outros países iniciaram políticas nacionalistas de caráter socialista, expulsando o capital estrangeiro, como fizeram a Venezuela e a Bolívia.

Com a crise economia de 2009, os EUA viram a necessidade de se reaproximarem de economias emergentes e fortes para criarem parcerias e impedir o avanço das “revoluções bolivarianas”, movimentos nacionalistas extremos.

Um fator importante da visita para os EUA foi o fortalecimento do presidente Obama no cenário internacional, uma vez que ele não possui muito apoio interno, por seu perfil moderado, que desagradou tanto à republicanos como à democratas. Mas há algumas criticas à essa visita tardia, interpretada por alguns como descaso. Outro ponto discutido foi o caráter informal da passagem de Obama, que trouxe consigo muitos familiares.

Neste cenário, o Brasil configura-se um aliado importante para os Estados Unidos. O Brasil tem se afastado de regimes de esquerda, fortalecido sua economia e ampliado a atenção às questões sociais, diminuindo a desigualdade social e aumentando o mercado consumidor interno. Alem de contar com relativa independência no mercado internacional, o Brasil obteve projeção com a descoberta do Pré-sal e ao ser escolhido para sediar dois grandes eventos esportivos mundiais, a Copa de 2014 e as Olimpíadas em 2016. Serão eventos que trarão para o pais muito investimento em infra-estrutura e movimentação turística.

Em seu discurso, Obama elogiou a estabilidade política e econômica do Brasil. O pais é um grande aliado em defesa dos direitos humanos e, espera-se, que os EUA sejam favoráveis à estrada do Brasil no Conselho de Segurança da ONU. Obama ressaltou a importância dos acordos nas áreas de tecnologia e ciência, principalmente no que diz respeito ao desenvolvimento de energias renováveis, como o biodiesel. A questão ambiental é um ponto latente da nova política externa no Brasil, mas os EUA não compartilham da mesma preocupação e ainda não assinaram o Protocolo de Kyoto.

Acordos foram feitos na área da educação, principalmente em programas aéreo-espaciais e capacitação em língua inglesa para os eventos internacionais. Outra área contemplada foi a da construção civil, o que atende à necessidade brasileira de aumentar sua infra-estrutura.

Outros acordos foram feitos no sentido de combater o narcotráfico e a corrupção e erradicação da fome. Além desses fatores, EUA e Brasil também acertaram uma política contra desenvolvimento de armas nucleares, o que dignificou um afastamento do pais com o Irã, com quem vinha mantendo uma relação mais próxima.

Na ultima votação da ONU com relação ao Irã, o Brasil foi favorável a uma investigação do Conselho de Direitos Humanos no Irá, e a sanções ao ditador da Líbia. É um traço forte na política de Dilma, a intolerância com governos autoritários. Entretanto, não foi favorável à intervenção militar na Líbia, por julgar que essa ação colocaria em risco a vida de civis líbios. Não houve, pois, acordos econômicos efetivos para diminuição de barreiras à entrada de produtos e pessoas.

domingo, 1 de abril de 2012

Relaçao Brasil - China 2012

Regime socialista na China foi  implantado em 1949. Todas as empresas foram nacionalizadas e a economia passou a ser controlada totalmente pelo Estado, governando por um único partido, o Partido Comunista Chinês. Depois das reformas em 1978, tornou-se um estado socialista de mercado, ou seja, voltado para exportação. Entretanto o crescimento econômico convive com a pouca liberdade de opinião e participação política, e o aumento da desigualdade social.

A grande oferta de mão-de-obra e as vantagens fiscais oferecidos pelo Estado atraíram muitas empresas estrangeiras, o que tornou a China uma grande potencia exportadora. Nos últimos anos, a China investiu pesadamente em tecnologia e infra-estrutura. O grande desafio chinês é aumentar o consumo interno e atrair maiores investimentos estrangeiros.

A China assim como o Brasil, é um país emergente, e possui grande dimensão territorial e populacional. Apresenta grandes diferenças entre centros urbanos desenvolvidos e áreas de extrema pobreza no interior. Ambos buscam revitalizar a economia nacional e elevar nível de vida da população.

No ano de 2010, a China foi o maior parceiro comercial do Brasil. Foi o pais que mais comprou e investiu no Brasil.

O Brasil exporta matérias primas como soja, petróleo e minério de ferro, e importa produtos industrializados como motores, e artigos mais variados e baratos como sapatos, bolsas, eletrônicos, brinquedos, etc. A vantagem para o Brasil (30 bilhões contra 25 bilhões da China) deve-se ao alto preço dos produtos que importamos, mas estes estão sujeitos a variações bruscas de valor no mercado.

Visita de Dilma Rousseff à China em abril foi de grande importância geopolítica, mas tratou, sobretudo, de questões econômicas. Os objetivos eram estabelecer acordos bilaterais para o comércio, aumentar a exportação de produtos industrializados e frear entrada de produtos chineses que concorrem com produtos nacionais, acertar acordo entre Embraer e estatal, aumentar números de empresas brasileiras no mercado chinês e ampliar investimentos em ciência, tecnologia e informação.

Os principais pontos contemplados foram a liberação para produção do jato executivo Legacy pela Embraer, um acordo para exportação de carne suína, o aumento do valor e da variação de produtos exportados, incluído acordos para exportação de artigos industrializados, e o investimento no setor de telefonia e internet.

Não houve ações no sentido de reconhecer a China como economia de mercado, o que impediria o Brasil de estabelecer barreiras unilaterais aos produtos chineses.

Ao final da visita, houve o 3º Encontro do BRICS, grupo político de cooperação formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Neste ano de 2011, todos os países fazem parte do Conselho de Segurança da ONU. E todos pertencem ao G20. O grupo surge com grande importância nessa nova economia por ser formados por países em rápido desenvolvimento e que foram pouco afetados pela crise, num momento em que muitos países desenvolvidos, como Estados Unidos, tentam reorganizar suas economias.