domingo, 15 de abril de 2012

Crise do Capitalismo - Aula 02

  • 1929 
Após a Primeira Guerra. Os Estados Unidos ocuparam o posto de pais mais rico do mundo, pois, passou a ser um grande credor das nações em reconstrução. Alem disso, o país passou a recebem muitos imigrantes e tinha uma grande capacidade de produção. Entretanto, a estabilidade salarial, incompatível com o crescimento da produtividade, acentuou a desigualdade da renda, e impossibilitou o consumo. Ou seja, o pais passou a ter mais mercadorias, do que consumidores. Juntando-se a isso, os Estados Unidos atraiam grande volume de investidores, que compravam as ações das empresas da bolsa de valores. Em 29, uma grande venda de ações não encontrou comprador, e assim, ocorreu uma brusca desvalorização dessas ações, cujos investidores desesperados, venderam a preços muito baixos. As conseqüências dessa quebra foram a redução das importações (atingindo o Brasil, que vendia café para os EUA) e o repatriamento de capitais norte-americanos investidos em outros países. Por isso a crise afetou todo o mundo capitalista. 

Para recuperar-se, implementam o New Deal, um conjunto de ações para tirar o pais do sufoco. O New Deal previa limitar o liberalismo, e criar obras de infra-estruturar, e assim, aumentar a geração de empregos. Tal política teve predomínio até o final da década de 1970, quando o ressurge o liberalismo, dessa vez chamado de neoliberalismo. 

No Brasil, a pratica intervencionista sempre foi tradição. Para conter os efeitos da crise de 29, como a interrupção da exportação de café e, por conseguinte, a estocagem de café produzido e não comercializado, o governo de Getulio Vargas determina a queima dos cafezais de SP. Essa medida permitiu que o preço do café despencasse no mercado internacional. Outra medida importante de Vargas foi a criação das estatais Petrobras e da Companhia Vale do Rio Doce. 


  • Nova crise capitalista: Aumento do preço do petróleo 
"No fim dos anos 50 do século XX a produção mundial de petróleo excedia consideravelmente a procura. O preço do produto desceu e, com isso, diminuiu também a quantidade de dinheiro pago pelas grandes companhias petrolíferas às nações produtoras. Como reação a esta enorme quebra das receitas, funda-se a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) em 1960, reunindo doze países: Argélia, Gabão, Indonésia, Irão, Iraque, Koweit, Líbia, Nigéria, Qatar,Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Venezuela (o Equador fez parte desta organização entre 1973 e 1992), com sede em Viena de Áustria. Para além disso, alguns países nacionalizaram a produção petrolífera e os equipamentos das companhias, conseguindo assim lucros consideráveis. 

No início dos anos 70, a procura internacional de petróleo começou a exceder a produção. Entre 1973 e 1974, a OPEP quadruplicou os preços do crude para cerca de 12 dólares o barril. Em 1979 e 1980, os membros da Organização votam uma nova alta de preços e o barril passa a valer 30 dólares. Esta política dos países produtores viria a criar enormes problemas de inflação nas nações industrializadas. Governos e bancos aumentaram as taxas de juro, agravando o problema de pagamento de dívidas, que ainda hoje atormentam grande parte dos países em vias de desenvolvimento.Subseqüentemente, os efeitos combinados da contenção e redução do consumo de petróleo pelas nações compradoras enfraqueceu a procura. A pressão no sentido da descida dos preços intensificou-se após a descoberta de novos poços de petróleo e devido à incapacidade de diversos países membros da OPEP em agüentar as quotas de produção estabelecidas pela Organização para manter os preços. No início de 1986 os preços baixaram para menos de 10 dólares o barril. Apesar de alguma recuperação posterior, raramente excederam os 20 dólares, exceto durante a Guerra do Golfo, quando subiram temporariamente para 25 dólares o barril.” 
(fonte


  • Globalização

O fim da URSS instaurou um cenário baseado em novas relações economias e geopolíticas. O desenvolvimento tecnológico dinamizou mais ainda a produção, e abriu um campo de pesquisa e produção de novas tecnologias que requeriam grande volume de investimento, atraindo grandes conglomerados empresariais, gerando fusões e etc. Isso por permitido pelos lucros obtidos em mercados desprovidos de barreiras comerciais, globalizando a economia. A globalização impulsionou a formação de blocos econômicos, que visam derrubar as barreiras protecionistas, como o Nafta, a União Européia e o Mercosul. Grande parte deles se formaram na década de 1990, na qual acentuou-se a defesa da política neoliberal. 


  • Neoliberalismo

O neoliberalismo defende a existência de um "Estado Mínimo", ou seja, o Estado deve se ocupar apenas das funções básicas: garantir saúde, educação e segurança. Assim, muitos Estados passaram a vendes as suas estatais, processo conhecido como privatização. Isso ampliou a atuação das empresas nacionais e transnacionais, que subordinaram produtos e serviços, considerados estratégicos para o desenvolvimento e soberania nacionais, à loga do mercado internacional. 

A redução do estado de bem-estar social atingiu os passes em desenvolvimento, agravando as desigualdades internas, e entre norte e sul. 

Os maiores expoentes dessa política foram Margareth Thatcher (Inglaterra) e Ronald Reagan (EUA). No Brasil essa política foi implementada pelos governos de Fernando Collor (90-92) e Fernando Collor de Melo (94 a 2002), época na qual foi privatizada a Companhia Siderúrgica Nacional e abertura do mercado para exportação; e privatização da Vale do Rio Doce e setores da telecomunicações. 


  • O que ocorre no mundo hoje? 

Os países desenvolvidos passam por uma crise de superprodução. A capacidade de produção aumentou, mas não aumentou o numero de consumidores, pois, a riqueza não foi distribuída adequadamente. Para tentar controlar, os países determinam taxas de juros. No Brasil a taxa de juros é, atualmente, 7%. Nos EUA, a tava é 0,25%. Essa diferença é resultado das necessidades de cada pais. No Brasil, a taxa alta tenta controlar a inflação (que é o aumento descontrolado dos preços devido à grande procura e pouca oferta). Nos EUA, é o contrario, a taxa baixa tenta estimular o consumidor a gastar o dinheiro ao invés de polpa-lo, e assim, evitar a deflação, a queda do preço. 

Em contrapartida, a taxa alta de juros atrás investidores. Esses investimentos podem ser de dois tipos: produtivo e especulativo. O produtivo entra no pais e gera empregos e riqueza, que ficam retidos aqui. O especulativo entra na forma de empréstimos para bancos ou empresas, que ao saírem levam junto o juros (que no Brasil são altos, ou seja, o investidor lucra). 

Outro lado negativo da atração excessiva de investimentos é que a entrada de dólares supervaloriza o real, ou seja, o real fica mais "caro", o que atrapalha as exportações brasileiras. Alem de não vender a produção interna, o produto passa a concorrer com o estrangeiro, mais barato aqui. 

O que os EUA e a UE tentam fazem agora, para saírem da crise, é aumentar suas exportações. Pra isso, pedem aos países que abaixem as taxas de importação.

Nenhum comentário:

Postar um comentário